20 de setembro de 2024
CulturaEconomia

Produtos do Pantanal e Cerrado são destaque em feira do Sebrae no Festival do Sobá

Evento seguiu até o dia 11 de agosto na Feira Central de Campo Grande, com diversas atrações, entre elas, exposição de empreendedores

A diversidade encontrada nos biomas Pantanal e Cerrado é fonte de inspiração e muitas vezes matéria-prima para empreendedores, encontrada em produtos alimentícios, acessórios, vestuário, dentre outros. Em Campo Grande, a população pode conhecer e adquirir produtos que carregam essa cultura em uma mostra do Sebrae/MS no 17º Festival do Sobá, que aconteceu até o dia 11 de agosto, na Feira Central, das 18h às 22h, com entrada gratuita.

Foram mais de 10 donos de pequenos negócios expondo produtos e serviços na Feirona. Grande parte deles possui o selo “Made in Pantanal”, marca criada pelo Sebrae para valorizar essa rica produção, além de trazer visibilidade aos empreendedores da economia criativa e agroindústrias, já que também é uma plataforma onde o público consulta cada um dos trabalhos desenvolvidos com insumos pantaneiros ou que tenham ligação com o tema.

“Mais uma vez o Sebrae está com um espaço de negócios, apresentando pequenos produtos e empreendedores do nosso Mato Grosso do Sul, que produzem geleia, artesanato, rapadura, mel, enfim, diversos produtos. E dentro de um evento que tem a cara do Sebrae, que é o Festival do Sobá, na Feira Central. Convidamos a população a prestigiar o Festival e ver de perto a importância dessa ação para o fomento dos pequenos negócios”, destaca o diretor de Operações do Sebrae/MS, Tito Estanqueiro.

Um dos expositores que possui o selo Made in Pantanal e é acompanhado pelo Sebrae é o cuteleiro Wellington de Moura, da empresa Camalote Cutelaria. O negócio, que nasceu em Corumbá e hoje está em Bonito, tem produtos como facas e carteiras de couro. Inspirado pelas paisagens do Pantanal, as criações dele são um reflexo da beleza natural e rústica encontradas no bioma.

Na Feira Central, Wellington expõe os itens que mais chamam a atenção dos clientes. “Dentro das facas, as facas utilitárias são o carro-chefe. Elas servem tanto para cozinhar, quanto para um churrasco. Nas carteiras, o carro-chefe são as em couro de jacaré e de canela de avestruz. Como moramos em Bonito, o turista que vem visitar a cidade quer levar algo que remeta à nossa cultura, e o jacaré está incluído nisso. Lembrando que o jacaré é de um criatório comercial, com autorização do IBAMA, nota fiscal, tem toda uma estrutura por trás disso”, pontua o empreendedor.

Além de artesanato e acessórios, quem foi ao local pode aquirir guloseimas, como as rapaduras de gengibre e guavira, da Estância Engenho, de Terenos. A representante da empresa, Jéssica Medeiros Costa, destaca que o item é a sobremesa típica do Pantanal, e no espaço da empreendedora, também foi possível encontrar melado.

“Temos uma saída muito boa da guavira por ser o símbolo do nosso estado e o gengibre, que eu acho que é um gosto mais popular. Representamos uma sobremesa de comitiva, o nosso produto é muito usado por comitiva e o selo Made in Pantanal abriu para nós o mercado para fora do estado. Atendemos vários clientes de outros estados interessados no produto”, afirma.

Outra opção única encontrada no espaço é o mel do Cerrado, da empresa Mel do Tchê. “O diferencial do mel é a diversidade das flores”, afirma o empresário, Flori da Silva Modelski. Ele mora na Capital e acredita que a participação no Festival do Sobá contribui para fortalecer o negócio. “A Feira Central é um ponto turístico de Campo Grande e muita gente vem visitar, é o centro da cidade, então para nós vai ser um foco muito grande para abrir os horizontes de vendas”.

Festival do Sobá, patrimônio cultural

Em 2024, o Festival do Sobá chega à 17ª edição, celebrando o sobá como patrimônio cultural imaterial de Campo Grande. É uma realização da Associação da Feira Central, Cultural e Turística de Campo Grande (Afecetur) e o Sebrae é um dos apoiadores. A programação incluiu exposições, palestras, feiras temáticas e apresentações artísticas.

O evento ocorreu em um dos pontos turísticos mais tradicionais de Campo Grande – e, com quase cem anos de história, a Feirona possui uma diversidade de negócios, entre restaurantes, lojas de varejo e bancas de doces artesanais, hortifrúti, entre outros. “São mais de 300 pequenos negócios que estão associados à Feira, que fazem acontecer, que geram emprego e renda. E que contribuem para o desenvolvimento regional”, finalizou o diretor de Operações do Sebrae/MS, Tito Estanqueiro.

A Feira Central está instalada no complexo da Antiga Estação Ferroviária, com entrada pela Rua 14 de Julho ou pela Esplanada da Estação Ferroviária.