7 de dezembro de 2025
Esportes

CBF lança estaduais mais curtos diminui vagas na Pré‑Libertadores e novo formato na Copa do Brasil

Com o calendário reestruturado, CBF propõe torneios mais compactos visando aliviar datas, reduzir desgaste e aumentar competitividade.

A partir de 2026, o futebol brasileiro passará por uma reformulação importante em seu calendário anual. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), liderada por Samir Xaud, apresentou propostas que visam tornar o calendário mais equilibrado, com menos datas para diminuir o desgaste de clubes e atletas, especialmente em anos de Copa do Mundo.

O que muda

1. Redução dos Estaduais
– Campeonatos Estaduais terão apenas 11 datas disponíveis a partir de 2026. Isso exigirá adaptação de federações que hoje possuem mais rodadas, como os estaduais do Maranhão, Pará, Goiás, Rondônia e especialmente o Paulista.
– Federações menores já se adequam ou têm calendário naturalmente mais curto.

2. Menos vagas para a Pré‑Libertadores / mais direto à fase de grupos
– A proposta prevê abrir mão das duas vagas brasileiras que hoje disputam a fase preliminar da Libertadores, para dar mais vagas diretas à fase de grupos.
– Times que hoje precisam jogar a prévia começariam a jogar apenas a partir de abril, em vez de fevereiro.

3. Mudanças em divisões inferiores
– Série D pode passar de 64 para 96 clubes, para favorecer acesso e base do futebol.
– Há também em debate a criação de uma Série E, embora isso possa não ocorrer imediatamente em 2026.

4. Formato da Copa do Brasil (mata‑mata) mais enxuto
– Fases iniciais da Copa do Brasil podem ter mais jogos únicos, sem ida e volta. A final pode ser mantida em ida e volta ou virar jogo único, em campo neutro.

Reações e desafios

Algumas federações, como a Federação Paulista de Futebol (FPF), manifestaram resistência ao encurtamento dos estaduais, já que isso afeta tradição, receita de jogos, direitos de mídia e calendário local. Há desafios logísticos e financeiros: clubes menores dependem da visibilidade e renda local dos estaduais, e cortar datas pode impactar seu planejamento. Além disso, a competitividade pode aumentar: com menos datas, haverá menos margem para recuperação e mais pressão por resultados.

Impactos esperados

– Menos desgaste físico e calendário menos sobrecarregado.
– Planejamento mais claro para os clubes.
– Potencial para aumentar o valor dos jogos dos estaduais.
– Mudanças no marketing, mídia e patrocínio, com menos jogos para negociar.

A proposta da CBF de rever todo o sistema de calendário a partir de 2026 aponta para um futebol brasileiro mais enxuto, menos oneroso, com competições mais intensas. Resta saber como clubes, federações estaduais e atletas vão se adaptar — e se as propostas serão mantidas como estão ou sofrerão ajustes.