Mulher é morta a tiros pelo companheiro em Bandeirantes
Mais um caso de feminicídio foi registrado em Mato Grosso do Sul. Na manhã desta segunda-feira (13), uma mulher identificada como Andreia Ferreira, de 40 anos, foi assassinada a tiros pelo companheiro, Carlos Alberto da Silva, de 38 anos, na cidade de Bandeirantes, a 70 quilômetros de Campo Grande.
O crime chocou os moradores e se soma à triste estatística de feminicídios no Estado.
De acordo com informações da Polícia Civil e de testemunhas, o crime aconteceu dentro da casa onde o casal morava, no bairro Jardim Nova Bandeirantes. Andreia foi atingida por disparos de arma de fogo, um deles na cabeça, e morreu no local. O assassinato ocorreu na frente da filha do casal, de apenas 10 anos, que presenciou toda a cena e buscou ajuda com vizinhos.
Após o crime, o autor fugiu em uma motocicleta, mas foi localizado e preso horas depois pela Polícia Militar em uma estrada vicinal próxima ao município. A arma do crime, um revólver calibre 38, foi apreendida pelos policiais.
Carlos Alberto da Silva foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Bandeirantes, onde confessou o crime. Segundo o delegado responsável pelo caso, o autor alegou que agiu movido por ciúmes, após uma discussão com Andreia. A versão será investigada pela equipe da Polícia Civil, que instaurou inquérito por feminicídio qualificado.
O crime causou comoção entre familiares, amigos e vizinhos. Andreia Ferreira era conhecida na comunidade por seu trabalho e dedicação à família. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Campo Grande. Esse é mais um caso que reforça a preocupação com o aumento dos feminicídios em Mato Grosso do Sul.
De acordo com a Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), o Estado registrou mais de 30 casos de feminicídio em 2025, número que coloca MS entre as unidades da federação com maiores índices proporcionais desse tipo de crime. O autor permanece preso e deve responder por feminicídio qualificado, crime cuja pena pode chegar a 30 anos de reclusão. As autoridades reforçam a importância de denunciar situações de violência doméstica pelos canais 180 (Central de Atendimento à Mulher) e 190 (Polícia Militar), que funcionam 24 horas.
