20 de setembro de 2024
Tempo

Com calor intenso e baixa umidade do ar, cuidados são essenciais para manter saúde em dia

Mato Grosso do Sul enfrenta uma onda de calor extremo, acompanhada por um período de seca e baixos índices de umidade relativa do ar, que podem chegar a menos de 12%, segundo alerta do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). Esse clima hostil exige medidas de cuidado e prevenção para manter a saúde em dia.

A gerente do Vigidesastres (Programa de Vigilância em Saúde Ambiental Associada aos Desastres) da SES, Paula Therezo Cannazzaro Barros, destaca a importância de a população estar atenta aos impactos do calor na saúde. “É fundamental seguir as orientações dos órgãos de saúde e médicos, principalmente sobre a exposição solar, a prática de exercícios físicos nos horários mais quentes, a hidratação e os cuidados redobrados com crianças e idosos, que são mais vulneráveis”, orienta.

O diretor-geral do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), Dr. Paulo Eduardo Limberger, alerta para os riscos à saúde, não só do calor extremo, mas também do ar seco e dos incêndios. “Além do risco de queimadas, que liberam fumaça prejudicial ao sistema respiratório, o ar seco, por si só, pode provocar efeitos adversos na saúde”, explica.

Pessoas com problemas respiratórios, como asma, bronquite e alergias, podem ter seus sintomas agravados. “O ressecamento das mucosas facilita infecções oportunistas, como resfriados e gripes”, completa Dr. Paulo.

O ressecamento da pele também é uma preocupação. “O calor e a baixa umidade causam ressecamento da pele e dos lábios, resultando em pruridos, rachaduras e dermatites. O desconforto é comum e pode levar ao aparecimento de lesões”, explica Dr. Paulo, reforçando a importância do uso de protetores solar e hidratantes.

O ar seco pode causar irritações oculares e aumentar a susceptibilidade a infecções como conjuntivites.

Um dos pontos mais importantes a serem observados nesse período é a hidratação. A perda excessiva de líquidos é uma preocupação significativa, especialmente para crianças e idosos, que são mais suscetíveis à desidratação. Esse quadro pode levar a complicações graves se não tratado adequadamente. “Além do desconforto e da exacerbação de condições preexistentes, o ressecamento das mucosas aumenta o risco de infecções e agrava a circulação de vírus, como o Rotavírus, que tem levado a um aumento nos atendimentos de saúde devido à desidratação”, completa.

Cuidados com grupos vulneráveis: Crianças e idosos devem ser monitorados e estimulados quanto à hidratação e ao conforto em ambientes secos.

Essas medidas ajudam a mitigar os efeitos adversos do calor extremo e da baixa umidade, protegendo a saúde da população de Mato Grosso do Sul durante esse período crítico.

Foto: Saul Schramm