Mulher é morta a facadas por vizinho após recusar relação amorosa em Jardim (MS)
Aline Leite da Silva, de 33 anos, foi atacada dentro de casa e morreu na hora; autor foi preso dois dias depois
A cidade de Jardim, no sudoeste de Mato Grosso do Sul, foi marcada por mais um crime brutal. Aline Leite da Silva, de 33 anos, foi morta a facadas dentro da própria casa na noite de terça-feira (4). Segundo a Polícia Civil, o autor do crime é o vizinho Nélio Moraes, de 65 anos, que foi preso nesta quinta-feira (5), em uma fazenda a cerca de 27 quilômetros do município.
De acordo com o relato da família à polícia, Aline vinha sendo perseguida e ameaçada pelo suspeito, que insistia em manter um relacionamento amoroso com ela. A vítima sempre deixou claro que não tinha qualquer vínculo afetivo com o homem, o que teria motivado a violência.
O ataque ocorreu quando Aline abriu a porta de casa e foi surpreendida com cerca de dez golpes de faca, atingindo as costas, abdômen, braços e pernas. O crime aconteceu na frente da filha de 7 anos e da mãe da vítima, de 56 anos, que moravam com ela. A mulher morreu no local, antes da chegada do socorro.
Após o crime, Nélio fugiu a pé e se escondeu em uma propriedade rural. Policiais militares de Jardim e da região iniciaram as buscas e receberam denúncias de testemunhas, que levaram à prisão do suspeito por volta das 10 h de quinta-feira (5).
Ele foi encontrado dentro de uma casa de um cômodo, na fazenda onde tentava se esconder. O homem foi encaminhado para a 1ª Delegacia de Polícia de Jardim, e a delegada Allana Mariele, titular da Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM), pediu à Justiça a conversão da prisão em flagrante para preventiva.
Segundo a delegada, não havia medida protetiva solicitada pela vítima contra o agressor. Nélio, no entanto, já respondia por tráfico de drogas e era conhecido na vizinhança por seu comportamento agressivo.
A Polícia Civil de Jardim investiga o caso como feminicídio, e o corpo de Aline foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Jardim. O crime provocou grande comoção entre moradores e reacendeu o debate sobre a proteção às mulheres em situação de risco.
Com a morte de Aline, Mato Grosso do Sul chega a 33 casos de feminicídio registrados em 2025, número que reforça o alerta sobre a escalada da violência de gênero no Estado.
