Atleta transplantado fala sobre a importância da doação de órgãos e medula óssea: “um gesto de amor”
O presidente do Instituto Sangue Bom e diretor nacional da ABTC (Associação Brasileira de Transplantados), Carlos Alberto Rezende, o Carlão, utilizou a Tribuna, na sessão desta terça-feira (26), para falar sobre o Setembro Verde, mês alusivo à conscientização sobre a doação de órgãos, e sobre o Dia Mundial do Doador de Medula Óssea. O convite foi feito pela Mesa Diretora.
“Fiz um compromisso: dedicar o resto de vida à causa da doação de sangue, medula óssea e órgãos. Essa causa deveria ser discutida amplamente. É a prática da empatia através da doação de órgãos. Sempre esquecemos de fazer uma leitura simples: só haverá amanhã se construirmos o hoje”, disse ele, que também é biólogo, biomédico, fundador e, que é atleta transplantado e master de ciclismo.
Atualmente, cabe a família autorizar ou não a doação dos tecidos após a morte de um ente. Em todo o Brasil, segundo Carlão, a média nacional de recusa é de 43%. Em Mato Grosso do Sul, esse índice atinge 77%.
“A cada 10 óbitos, oito famílias dizem não. Com o instituto conseguimos bastante êxito. Em 2015, 12% dizia não ao transplante de medula óssea. Hoje, é 5%, pois temos falado sobre empatia. Com um pequeno gesto de amor, podemos salvar a vida de alguém, como a minha vida foi salva”, concluiu.
Carlão passou por um transplante de medula óssea no ano 2016 e, desde então, tem se dedicado à causa. Hoje ele ainda integra o Time Brasil Atletas Transplantados, como corredor e ciclista.