24 de janeiro de 2025
Polícia

Dono do Alemão Conveniências é preso por receptação em Campo Grande

Além dele, Maximo Pana Aranda, proprietário da Maxximo Chipas, também foi detido pelo crime.

A tarde de quarta-feira (6) foi agitada em Campo Grande com a prisão de Edson Barbosa de Araujo, 62 anos, dono do Alemão Conveniências, e Maximo Pana Aranda, 59 anos, proprietário da Maximo Chipas, por receptação de produtos furtados. Ambos, juntamente com outras lojas do centro da cidade, são suspeitos de terem comprado fécula de mandioca de origem clandestina.

A investigação teve início com a denúncia da empresa Amidos Ponta Porã – BRC Starch, que em setembro deste ano, caiu em um golpe ao vender fécula de mandioca para uma empresa fraudulenta que utilizava os dados do Supermercados Thomé Ltda. A Amidos Ponta Porã realizou duas entregas, nos dias 11 e 17 de setembro, totalizando 24.000 kg de fécula, no valor de R$ 73.920,00.

Após a entrega, a empresa constatou que os golpistas utilizaram um site e um e-mail falsos para realizar a compra, além de contratar um freteiro identificado como Éder Fernandes, que transportou a carga em um caminhão amarelo.

A investigação, conduzida pelas autoridades, apontou para a venda dos produtos furtados em diversos estabelecimentos da cidade, incluindo o Alemão Conveniências e o Salvador Conveniência, ambos localizados na Avenida Calógeras, e a empresa Maxximo Chipas, no bairro Guanandi. Esses estabelecimentos estavam vendendo a mercadoria por valores abaixo do preço praticado no mercado, levantando suspeitas sobre a origem dos produtos.

A Fecularia Pantanal, de Ivinhema, também foi vítima de um golpe semelhante, reforçando a suspeita de que os produtos furtados tenham sido distribuídos para os mesmos revendedores.

Durante diligências nos estabelecimentos indicados, os policiais conseguiram apreender 371 sacos de fécula de mandioca de 25kg cada no Alemão e no Salvador Conveniência, além de 29 sacos de 25 kg no Salvador Conveniência e 135 sacos no Maxximo Chipas.

Os produtos e os autores foram levados para a 3° Delegacia de Polícia Civil, onde o caso foi registrado como receptação. As investigações continuam em andamento para identificar outros envolvidos no esquema fraudulento e apurar a extensão da rede de receptação.

A prisão dos donos do Alemão Conveniências e da Maximo Chipas levanta um alerta sobre a importância da verificação da procedência dos produtos comercializados e a necessidade de ações para combater o crime de receptação em Campo Grande.

O caso também destaca a vulnerabilidade das empresas ao ataque de golpistas que utilizam métodos sofisticados para enganar seus alvos. A falta de atenção e a dificuldade em identificar a fraude podem resultar em prejuízos financeiros e comprometer a imagem da empresa.